Alunos da Rede Municipal destacam importância de estratégias, dedicação e trabalho em equipe durante torneio de robótica
Estratégia para estimular a capacitação e trabalho em equipe na busca de soluções criativas foram algumas das motivações dos alunos que participaram, neste sábado (15), da “First® Lego® League” (FLL), maior torneio de robótica do mundo, que aconteceu em João Pessoa, no ginásio do Centro Escolar Municipal de Atividades Pedagógicas Integradoras Arthur da Costa Freire (Cemapi), em Mangabeira. O evento contou com 50 equipes e 250 estudantes de escolas da Rede Municipal de Ensino.
Os alunos estudaram durante doze semanas a temática de artes e a partir desse conhecimento desenvolveram seus trabalhos utilizando maquetes e robôs desenvolvidos com as ferramentas da LEGO.
Elisson Dutra, diretor do Departamento de Formação, Programação e Robótica, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Sedec), detalhou como o trabalho foi realizado junto aos alunos. “Eles estudaram sobre Artes, vendo tudo sobre museus, dramaturgia, arte circense para que pudessem apresentar os trabalhos deles com maquetes e robôs programados e estão sendo avaliados por representantes do Sesi de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraná. Na FLL os alunos não competem entre si, a avaliação é pelo trabalho desenvolvido, então quanto melhores os trabalhos, mais alunos são enviados para a etapa nacional”, explicou.
Uma das equipes é formada por alunas da Escola Municipal Américo Falcão. Elas desenvolveram um projeto que seria um evento musical na praia, incluindo espaços como lounge, sala de imprensa e entretenimento para o público. “Temos uma pista de skate, vôlei, roda gigante e palco. Foi uma oportunidade muito boa aprender sobre isso. Aprendemos a trabalhar em equipe, a ouvir uns aos outros. A gente tinha várias ideias, mas escolhemos mesmo o show na praia”, falou Daniele da Silva, aluna do quarto ano do Ensino Fundamental I.
Outro aluno que participou com sua equipe foi Antônio Vieira, aluno da Escola Municipal Aruanda, de nove anos e também aluno do 4º ano do Ensino Fundamental I, cujo projeto foi demonstrar os hobbies dele e de seus amigos de equipe na escola, os escolhidos foram jogar futebol e boliche. “Fizemos um palco giratório enquanto tinha jogo de futebol e com luzes. Eu aprendi a trabalhar em equipe, quando a gente ia fazer algo do trabalho e não estava muito bom, um falava e o outro escutava e melhorava o trabalho. É preciso estratégia e também dedicação. Eu achei que o torneio foi muito bom e quero participar mais vezes dessa competição, torcendo para entrar na etapa nacional”, destacou.
Lorenzo Queiroz, aluno da Escola Municipal Cônego João de Deus, na Torre, também destacou o quanto a FLL despertou o espírito de trabalho em equipe e está ansioso para a etapa nacional. “Fizemos como um evento de show de música na cidade e com isso pude conhecer novas peças, a usar o Chrome Book para fazer a programação e gostei muito dos projetos dos outros alunos. Estou nervoso de talvez ir para a próxima etapa, mas também muito feliz”, reforçou.
Jhonathan Allan, operador nacional da First Lego League Explore, no Brasil destacou o fato de João Pessoa ter aplicado a Lego Education em todas as escolas públicas municipais e com isso participar de eventos desse tipo apresentando trabalhos de qualidade realizados pelos alunos. “Os alunos aprendem por meio da tecnologia a criarem e desenvolverem projetos de inovação. As crianças mesmo em tão pouco tempo, porque a maioria delas começou um ou dois meses atrás, a ter contato com as ferramentas elas já estão programando, estão realizando montagens com engrenagens avançadas pra que eles desenvolvam uma solução criativa relacionada à arte e tecnologia. Já estão mesmo em pouquíssimo tempo surpreendendo os avaliadores”, ressaltou.
Todas as equipes foram avaliadas por voluntários e as equipes selecionadas participarão da FLL nacional e caso sejam novamente selecionadas, participam da etapa internacional.