Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Felipe após Operário 1 x 1 Vasco

Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Felipe após Operário 1 x 1 Vasco

O Vasco abriu o placar em Ponta Grossa, no Paraná, com um belo gol de Nuno Moreira, mas não sustentou o resultado e sofreu o empate no segundo tempo. Técnico interino, Felipe gostou do que viu nos primeiros minutos do 1 a 1, mas viu o time “parar de jogar” ao longo da partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

– Na minha visão, a equipe começou bem, apesar de o campo prejudicar um pouco o futebol para sair jogando. A gente ainda teve um pouco de coragem, jogamos. Nos primeiros 20 minutos, acho que até fazer o gol, a gente estava bem na partida, controlando o jogo, sem susto. A partir do momento que a gente fez o gol, a equipe, preocupada em se defender, parou de jogar. Isso acabou fazendo com que o adversário crescesse dentro da partida – analisou Felipe.

– Quando você fica sem a bola, preocupado somente em se defender, passa uma impressão de que a intensidade cai. Ela cai realmente, mas é devido a você tentar controlar o jogo com posse de bola. A gente tomou o gol porque errou o passe numa transição ofensiva e gerou o gol do adversário. Se a gente tivesse um pouquinho mais de tranquilidade nessa situação, poderíamos ter saído com um resultado melhor, mas estamos vivos. Jogar aqui é difícil, o campo prejudica a qualidade do futebol. A gente se preocupa muito com a intensidade, mas ela parte do princípio também de ter gramados adequados nos estádios – completou ele.

Foi o primeiro jogo do Vasco sob o comando de Felipe após a demissão de Fabio Carille, no último domingo. O clube já definiu um alvo para assumir o cargo: Fernando Diniz. Perguntado sobre o assunto, o interino desconversou:

– Não tem o que falar. Vamos falar do jogo. O Vasco poderia ter ampliado no primeiro tempo, tivemos duas boas oportunidades com o Rayan e depois o gol. Depois do gol, o Vasco deixou de jogar. Pelo que as duas equipes apresentaram, acho que foi justo resultado.

Outras respostas de Felipe:

O que mais te incomodou no jogo?

– O que me incomodou foi na verdade você não ficar com a bola. Depois do gol, a gente deixou de jogar, poderia ter controlado o jogo da melhor maneira, mas, infelizmente, não foi possível. Esse espaço entre linhas está ajustando, mas também é para o Operário tem um jogo muito vertical, então a preocupação da última linha de andar para trás, para não gerar bola nas costas da última linha. Então essa preocupação porque o Operário é muito forte. Mas o que me deixou mais chateado foi em relação a gente não ficar com a bola. O time antes do gol teve um controle de jogo tranquilo, conseguiu sair jogando apesar da dificuldade do gramado, a bola sempre fica viva, isso prevalece na marcação. Mas eu vi que já houve uma evolução e esperamos continuar nessa evolução para que nós possamos conquistar a vitória no Brasileiro.

Adaptação de jogadores estrangeiros

– Você citou alguns jogadores que vieram de fora, mas não citou o Nuno, que se adaptou muito rápido. Vai de jogador para jogador. O Nuno se adaptou muito bem. A sequência de jogos é muito ruim para todos, o calendário é muito ruim, mas faz parte do futebol há anos. Em relação aos estrangeiros, uns se adaptam um pouco mais rápido, outros demoram um pouco. O problema é que a gente quer matar as contratações e (quer) a resposta imediata. O Loide, na última partida e hoje, jogou bem. É um jogador que precisa do um contra um. Precisamos potencializar o que cada jogador tem de melhor.

Por que o Capasso foi afastado?

– A real situação que são as escolhas. O Capasso não faz parte do elenco do Vasco. Ele teve a oportunidade de sair. São escolhas. Se você gosta do Capasso, não tem problema nenhum. Mas não faz parte do elenco. O Capasso teve a oportunidade de sair, não quis sair. Se tiver que botar um jogador da base, eu vou botar. Mas o Capasso não faz parte. São as escolhas no futebol. Se o Capasso fosse realmente esse grande zagueiro, ele não teria saído do Vasco. É questão de escolhas. Você (repórter) gosta dele. Eu não gosto.

– Ele não quis sair. Ele tem contrato Apareceram 3, 4 propostas, o jogador não quis, é um direito dele, mas é um direito meu escolher quem faz parte do grupo do Vasco, você gostando ou não, tem que aceitar são decisões. Falar é muito fácil. Fazer futebol é difícil.

Como foi a preparação para o jogo?

– O calendário prejudica bastante. Vamos nos reunir com os médicos, preparadores e os jogadores. Feedback deles é importante. Tivemos que fazer três substituições porque pediram. Caso do Nuno, do Piton. Esse calendário prejudica, é muito intenso. O Vasco tem um elenco muito qualificado e vamos usar todo mundo. A oportunidade vai aparecer e eles têm que aproveitar. Esperamos ter um time mais descansado e organizado para conseguir a vitória contra o Palmeiras.

– Conversamos, analisamos o Operário. A Copa do Brasil é diferente, é um jogo de 180 minutos. Buscamos melhorar a parte ofensiva, para criar mais possibilidades. Criamos algumas, mas o Operário é uma equipe de qualidade. O campo não favoreceu muito também. Importante é que a gente vai decidir diante do nosso torcedor.

Vegetti

– O Vegetti vai ficando muito mais visado conforme o ano avança. Hoje o zagueiro nem olha mais para a bola, só para ele. Temos que criar mecanismos para criar soluções por dentro que gerem preocupação para os adversários para dar liberdade para ele. O Vegetti é o melhor na bola aérea então temos que explorar essa situação. O time do Operário é também muito alto. Vamos trabalhar no sentido de ter condições mais rápidas para que o Vegetti possa ter mais liberdade.

Fonte: ge

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