coletivas pós-eliminação na Copa América revelam uma Seleção sem rumo e perspectiva
A desastrosa campanha da seleção brasileira na Copa América de 2024 chegou ao fim no último sábado (6), quando a Amarelinha foi eliminada nos pênaltis pelo Uruguai. O roteiro da derrota parecia escrito antes mesmo do início do torneio, mas o verdadeiro fiasco se desenrolou nas coletivas pós-queda. As declarações do técnico Dorival Júnior e de alguns jogadores foram um reflexo da falta de direção que cerca a Amarelinha.
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A eliminação pode ter sido dolorosa para alguns, mas era um desfecho esperado para uma Copa América que se tornou sinônimo de frustração para o brasileiro. A desconsideração pelo torcedor ficou evidente na fala do treinador Dorival Júnior, que alegou que a Seleção saiu dos Estados Unidos com uma bagagem mais positiva do que negativa. A realidade, no entanto, conta outra história. Uma equipe que em quatro jogos, vence apenas um e empata três, com míseros cinco gols marcados, não pode alegar progresso.
Dorival Júnior, porém, não parou por aí. No segundo tempo do jogo contra o Uruguai, Nández foi expulso, deixando o Brasil com um jogador a mais dentro das quatro linhas. Paradoxalmente, o treinador da equipe mais vitoriosa da história afirmou que a situação complicou o Brasil , que não soube aproveitar a vantagem numérica.
“A partir do momento em que ficamos com um jogador a mais, nos complicamos. Não tivemos a lucidez de jogar com tranquilidade, com equilíbrio pelos lados do campo”, afirmou Dorival Júnior.
A falta de autocrítica do técnico foi acompanhada por declarações arrogantes dos jogadores. Andreas Pereira, por exemplo, destacou que o Brasil ainda é motivo de inveja por suas cinco estrelas, esquecendo-se de que a Seleção não vence uma Copa do Mundo há 22 anos e acumula fracassos recentes, incluindo a humilhante derrota por 7 a 1 para a Alemanha há uma década.
“Nós somos o Brasil… eu sei que dói para muita gente ver as 5 estrelas no nosso peito”, comentou Andreas Pereira.
O capitão Danilo também demonstrou petulância. Limitado como titular e questionável como capitão, ele foi feroz ao apontar o dedo para um torcedor, mas tímido ao assumir a má fase da Seleção. Pedir paciência aos garotos da equipe tupiniquim soa como desrespeito, considerando a presença de veteranos no time, como Alisson, o próprio Danilo, Éder Militão, Marquinhos, Raphinha, entre outros.
Por fim, Endrick encerrou com uma declaração que beira o surrealismo: “Passamos 37 dias treinando no sol para ganhar a Copa América”. O Brasil precisa de uma reciclagem urgente. Humildade e pés no chão são essenciais para reconhecer que a Seleção, hoje, não assusta nem mesmo a Costa Rica, contra quem empatou em 0 a 0 na estreia.
A Seleção Brasileira atravessa um período sombrio, e suas coletivas pós-eliminação não só refletem a desorientação dentro de campo, mas também a arrogância que impede qualquer evolução. É hora de assumir responsabilidades e repensar o futuro do futebol brasileiro.